domingo, 26 de fevereiro de 2012

Clarice Lispector - A um certo modo de olhar...

Sarah Kay

“...A um certo modo de olhar, a um jeito de dar a mão, nós nos reconhecemos e a isto chamamos de amor. ...Amor, sobretudo entre homem e mulher, é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor verdadeiro, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que se voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: o amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor....”

Clarice Lispector – A Descoberta do mundo – Ed. Rocco

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Ser feminina...





Fotos: Ruche

Mulheres, vamos exercer mais nossa feminilidade!
Na correria do dia a dia acabamos por optar por um modelito mais prático e pouco usamos os vestidos, chapéus e outros acessórios que nos deixam lindas e femininas.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Bordando A noite estrelada de Van Gogh



Consegui mais um pequeno progresso no bordado de A noite estrelada. Gostei muito do amarelo que representa as luzes nas janelinhas das casas do povoado. Também começei a bordar a vegetação que envolve a pequena cidade, usei o ponto caseado na primeira cor do arco e depois fui preenchendo o interior com as outras cores. Pena que não consegui fotografar os detalhes desses arcos, pois minha câmera não tem "pixel" suficiente para isso. Assim que puder providencio uma boa câmera e mostro todos os detalhes.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Paulo Mendes Campos - O amor acaba

Tavik Frantisek Simon

"O amor acaba.
Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois do teatro e do silêncio.
Acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar.
De repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel, ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinza o escarlate das unhas.
E acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados; e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado.
Na insônia dos braços luminososos do relógio. Mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia.
No sábado depois de três goles mornos de gim à beira da piscina.
Em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadeza, onde há mais encantos que desejo.
Em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero.
Nos roteiros de tédio para o tédio, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada.
Em cavernas de sala e quartos conjugados, o amor se eriça e acaba.
No inferno o amor não começa.
Na usura o amor se dissolve.
Uma carta que chegou depois, o amor acaba.
Uma carta que chegou antes, o amor acaba.
O amor acaba na descontrolada fantasia da libido.
Às vezes acaba na mesma música que começou, no mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes.
No coração que se dilata e quebra e o médico sentencia imprestável para o amor.
Às vezes o amor acaba como se fosse melhor nunca ter existido, mas pode acabar com doçura e esperança.
Uma palavra muda e articulada e acaba o amor: na verdade, no álcool, de manhã, de noite, na floração excessiva da primavera, no abuso do verão e na dissonância do outono.
Em todos os lugares, a qualquer hora e por qualquer motivo o amor acaba.
Acaba para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto."

Paulo Mendes Campos


domingo, 19 de fevereiro de 2012

Boa companhia para o Carnaval...





Para quem não pôde viajar e curtir o carnaval aproveite o aconchego de sua casa com uma companhia maravilhosa e além de tudo enriquecedora: um bom livro.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Clarice Lispector - Conversa Telefônica

Yumeji Takehisa

"Eu às vezes tenho a sensação de que estou procurando às cegas uma coisa; eu quero continuar, eu me sinto obrigada a continuar. Sinto até uma certa coragem de fazê-lo. O meu temor é de que seja tudo muito novo para mim, que eu talvez possa encontrar o que não quero. Essa coragem eu teria, mas o preço é muito alto, o preço é muito caro, e eu estou cansada.Sempre paguei e de repente não quero mais. Sinto que tenho que ir para um lado ou para outro. Ou para uma desistência: levar uma vida mais humilde de espírito, ou então não sei em que ramo a desistência, não sei em que lugar encontrar a tarefa, a doçura, a coisa. Estou viciada em viver nessa extrema intensidade. A hora de escrever é o reflexo de uma situação toda minha. É quando sinto o maior desemparo."
Clarice Lispector- A Descoberta do Mundo - Ed. Rocco

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Refletindo...


"O essencial em nossa vida é que fique em toda parte, por onde passamos, o fruto de nossa bondade."

Joseph Jouberert

Bom final de semana a todos.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Look anos 40



Adoro moda vintage! Como a mulher sabia ser elegante e feminina antigamente. Confira esses modelos inspirados nos anos 40.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Clarice Lispector - Em busca do outro

Holly Hobbie

"Não é a toa que entendo os que buscam caminho. Como busquei arduamente o meu! E como hoje busco com sofreguidão e aspereza o meu melhor modo de ser, o meu atalho, já que não ouso mais falar em caminho. Eu que tinha querido. O Caminho, com letra maiúscula, hoje me agarro ferozmente à procura de um modo de andar, de um passo certo. Mas o atalho com sombras refrescantes e reflexo de luz entre as árvores, o atalho onde eu seja fianalmente eu, isso não encontrei. Mas sei de uma coisa: meu caminho não sou eu, é outro, é os outros. Quando eu puder sentir plenamente o outro estarei salva e pensarei: eis o meu porto de chegada".

Clarice Lispector - A Descoberta do Mundo - Ed. Rocco

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Van Gogh - A noite estrelada



O bordado de A Noite Estrelada está indo a passos de tartaruga. Tive que fazer teste de pontos, a primeira tentativa não deu certo. Desmanchei e começei novamente. Agora acho que vai.

"Eu confesso não saber a razão, mas olhar as estrelas sempre me faz sonhar." Talvez por isso, em seus últimos anos, Van Gogh deixou-se aproximar pelo tema da noite. Quando produziu esta tela, fazia quatro meses que estava enclausurado, voluntariamente, no sanatório de Saint-Remy-de-Provence, onde escreveu cartas em que misturava tranquilidade e ternura, ânsia pelo trabalho e compaixão pelos outros pacientes. Descreveu as depressões com o sossego de quem contava uma história da qual não era protagonista, apesar das crises agudas. Em contraposição, suas telas começaram a apresentar um novo caráter; consequência lógica de seu estado mental.

Fonte: Coleção Folha Grandes Mestres da Pintura - Vol. 01

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Crochet super criativo




Olha que encanto essas idéias usando trabalhos de crochet. Amei!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"O sol depois da chuva"

Hamilton Hamilton (1847-1928)

Há seis meses estou morando em Manaus, capital do Amazonas. Estou fazendo tudo para transformar essa cidade no meu recomeço. Sinto muita falta de São Paulo, que aprendi a amar durante quase uma década em que lá vivi. Mas aqui pareceu mais propício por estar um pouco mais próxima da minha família.
Então lendo um livro de Gabriel Chalita - O sol depois da chuva- Ed. Planeta, encontrei a seguinte citação feita pelo autor:

"A vida nos prega peças e nos conduz, muitas vezes, a lugares diferrentes daqueles em que gostaríamos de estar. A felicidade está onde a pomos, mas nunca a pomos onde nós estamos".
Vicente de Carvalho