terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Veteranos de guerra

Tavik Frantisek Simon

Ando sem tempo para meus bordados. Começei a auto escola e mais toda essa correria de final de ano. Ainda que você decida não seguir o lado consumista do natal; não tem como fugir, parece que toda a cidade trava.
Então vamos lá, para mais alguns trechos de uma crônica de Martha Medeiros. Taí uma boa dica de presente, esse livre de crônicas dessa maravilhosa jornalista gaúcha - Feliz por nada- Ed. LePM.

"Outro dia li o comentário de alguém que dizia que o casamento é uma armadilha: fácil de entrar e difícil de sair. Como na guerra. Depois de uma certa idade, somos todos veteranos de alguma relação amorosa que deixou cicatrizes. Todos. Há inclusive os que trazem marcas imperceptíveis a olho nu, pois não são sobreviventes do que lhes aconteceu: sobreviveram à irrealização de seus sonhos, que é algo que machuca muito mais. São os veteranos da solidão. Há aqueles que viveram um amor de juventude que terminou cedo demais, seja por pressa, inexperiência ou imaturidade. Casam-se, depois, com outra pessoa, constituem família e são felizes, mas dói uma ausência do passado, aquela pequena batalha perdida."

Martha Medeiros

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